2010/10/26

Tema: Há três grandes perigos na vida de um discípulo de Cristo. (3) Texto: Mateus 7.1-5

1) As finanças;  2) A preocupação;  3) O hábito de julgar

Irmãos encerrando essa tríade de sermões sobre o perigo na vida de um discípulo de Cristo, quero falar sobre o habito de julgar as pessoas. Quero chamar a atenção de todos ao fato de que todos os temas tratado até aqui então como: As finanças; A preocupação; O hábito de julgar foram assuntos tratados no sermão da montanha proferido pelo nosso Mestre.

Jesus inicia o capitulo 7 de Mateus dizendo "não Julgueis" uma palavra de advertência séria para aqueles que buscam o reino de Deus e se candidatam ao Seu discipulado.

Talvez você que esta aqui essa noite e ouviu o tema pensa que não tem nada a haver com você, pensa que não sofre desse mal. Ah eu não julgo ninguém... eu sei que não deve julgar erroneamente as pessoas etc... Queridos irmãos não feche o filtro de seu coração porque Jesus não levantou um tema tão importante para ser tratado com imprudência de nossa parte e acredite nós podemos estar julgando sim sem saber como. Vou lhe dizer como:

Eu acredito que a ênfase aqui não esta nas primeiras palavras deste versículo "NÃO Julgueis", o não julgar apesar de ser uma ordem direta de Jesus não é o problema em si, mas sim a conseqüência do problema o qual deve ser identificado e tratado na vida de muitos cristãos. Para mim o VS 3 encontramos a raiz do problema.

"Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?"

Jesus esta dirigindo sua palavras aos que, no Reino, se acham no direito de exaltar-se acima dos companheiros, aqui chamados irmãos, algumas pessoas ostentam uma "suposta superioridade" por causa de atributos ou talentos visíveis e, sob o ponto de vista do mundo, devem mesmo alardeá-los se os têm! Mas Deus olha para o caráter, não para a superfície e sob sua ótica essa atitude é digna de repreensão

"Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo." Filipenses 2:3

A questão do orgulho e seus efeitos prejudiciais são trabalhados diversas vezes na Escritura Sagrada. Tanto no Antigo quanto no Novo testamento, aprendemos que Deus se opõe ao orgulho, mas dá graça ao humilde. Nos é apresentado o seguinte desafio: "Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará" (Tg 4.10).

A pessoa orgulhosa é sábia aos seus próprios olhos "Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema ao Senhor e evite o mal."  Provérbios 3:7

"Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios aos seus próprios olhos." Romanos 12:16

Por isso que muitas vezes a pessoa orgulhosa não é aberta ao ensinamento, a correção ou ao conselho. A pessoa "superior" pode posar como adoradora, mas presume conhecer melhor do que Deus como se deve adorar

"Entretanto, depois que Uzias se tornou poderoso, o seu orgulho provocou a sua queda. Ele foi infiel ao Senhor, ao seu Deus, e entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar de incenso." 2 Crônicas 26:16; Sua adoração realmente saindo de sua própria vontade.

O orgulho pode ser refletido em diversas formas como por exemplo: através de uma soberba vazia; ou na presunção de que se tem mais domínio sobre a vida do que realmente se tem "Agora, porém, vocês se vangloriam das suas pretensões. Toda vanglória como essa é maligna." Tiago 4:16;

Através de uma pretensiosa exibição com respeito a coisas materiais "Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo." 1 João 2:16.

Pode ser visto num ar de superioridade, "olhar altivo" "Farei calar ao que difama o próximo às ocultas. Não vou tolerar o homem de olhos arrogantes e de coração orgulhoso." Salmo 101:5

"A vida de pecado dos ímpios se vê no olhar orgulhoso e no coração arrogante" Provérbios 21:4),

Em um falar insolente, no trajar e na postura em geral; no tratamento desdenhoso de pessoas "inferiores" (Lucas 18:9; Romanos 14:3).

Orgulho é dar a nós mesmos o crédito por algo que Deus realizou. Orgulho é dar a nós mesmos a glória que pertence só a Deus. Orgulho é, em essência, louvor próprio. Nada que realizamos nesse mundo seria possível se não fosse Deus nos capacitando e sustendo. Por isso é que devemos dar a Deus a glória – por que só Ele é digno de recebê-la.

Parece bastante claro que o maior perigo a nos defrontar não está em termos um conceito muito inferior de nós mesmos, mas antes no problema do orgulho. O que dizemos sobre nós mesmos não significa nada no trabalho de Deus. "Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana." Gl 5.3, Mas é o que Deus diz sobre nós que faz a diferença. Quando Jesus fala do ego, nunca diz que precisamos melhorar a auto-estima; pelo contrário, declara que temos de negar a nós mesmos, (Mc 8.34).

 

1) O julgamento produz três frutos: a fofoca, murmuração e maledicência.

 

1.1 - O julgamento frutifica a fofoca.

O que é a fofoca?  É falar de uma pessoa sem que ela esteja presente. Contar algo que você ouviu falar.  Pedir a opinião sobre uma pessoa ou situação para um terceiro. Fazer um comentário maldoso. Exemplos: As irmãs don de língua.  Irmã Linguarilda e irmã Tagarelda.

Você viu a como à irmã cotinha estava vestida no culto? Olha irmã eu só vou comentar com você o que eu ouvi falar, mas se você falar para outra pessoa eu nego. O que você acha do irmão Zezinho que chegou à igreja? Eu não sei não, mas acho que o irmão Rubião e a irmã Zumira estão brigados. O que a palavra diz a respeito disso?

 "Da mesma maneira que julgardes, você será julgado... porque vês o cisco no olho do teu irmão, mas não percebe a madeira no seu." Mt. 7.2.3

"Irmãos, não faleis maus uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora se julgas a lei, não é observador da lei, mas juiz." Tg. 4.7.8

O que fazer para não cair na fofoca?

Tiago 3.1-12  Não fofocar = tornar varão perfeito. Refrear nossa língua. Se não refrear ela é como fogo. A língua contamina à blasfêmia, mexericos, malícia, mentira. É mais domar um animal selvagem do que a língua.

GUARDE O QUE SAI DA SUA BOCA. Pois não é o que entra que contamina, mas o que sai da nossa boca! Não importa com quem estamos "comentando"  Esposa, esposo, filho, filha, amigo, amiga. Se você toma atitude semelhante a essa VOCÊ ESTÁ PECANDO. A raposinha do julgamento está destruindo a noiva de Cristo. Satanás está tendo vitória sobre a sua vida e a sua igreja.

O segundo fruto.

 

1.2 - O julgamento frutifica a murmuração.

Murmuração é a queixa constante. Como se chega à murmuração: Primeiro o julgamento; segundo a fofoca, terceiro a murmuração. Moisés x Miriã e Arão.

Julgaram seu casamento – comentaram entre eles – queixaram se ele era mesmo o profeta de Deus para seu povo. Isso acontece até hoje! Com pastores e suas ovelhas. Com os governantes e seu povo. Com os líderes e liderados. Reflita se você tem murmurado por algum motivo. Isso pode ser fruto do pecado chamado julgamento.

"Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo..." Filipenses 2.14-15

 

1.3) O julgamento frutifica a maledicência.

Maledicência à vive falando mal. O agir dessa pessoa é sempre negativo. Nunca consegue ver a benção, apenas maldição. Isso é um fruto destruidor que atrai outros. Não esqueça a boca fala o que o coração está cheio. Se o seu coração se enche dessa justiça, logo, logo você estará maldizendo.

 

3) O posicionamento do cristão quanto ao julgamento.

O que devemos condenar durissimamente é o pecado. Condenar o pecado não é julgar. João batista não falava mal de Herodes quando condenava o seu pecado. Porque ele falava para Herodes. A bíblia nos ensina a agir da seguinte forma: Correção em amor "Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado." Gl. 6.1-3

Trate biblicamente e fale direto com a pessoa e "Se teu irmão pecar {contra ti}, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano." Mt. 18.15-18.  

Se alguém vier lhe trazer alguma informação rejeite em nome de Jesus. Se lhe falarem o seguinte. "Irmão só vou contar pra você quero compartilhar para orarmos". Eu te conto, mas se você falar para alguém eu digo que é mentira.

Nossa atitude antes de saber sobre algo. Faça essa pergunta antes de você me contar o que quer você já passou pelo crivo da das 3 peneiras

1.      Você vai-me falar sobre outra pessoa você presenciou, é verdade mesmo, você tem certeza?

2.      O que você vai me contar é necessário que eu saiba?

3.      O que você tem para me falar vai edificar a sua vida; a minha vida e o corpo?

E se ela achar mesmo assim que deve falar a convide para ir até essa pessoa para conversarmos e resolvermos esse problema? Se a pessoa não quiser repreenda em nome de Jesus. Pois está sendo um instrumento nas mãos do diabo.

Algumas pessoas vivem para criticar, sempre procurando e destacando as falhas dos outros. Tais pessoas convidam outros a ser críticos, também. Quando condenamos as pequenas falhas de outros, eles terão motivo para nos condenar.

Jesus condena o julgamento hipócrita. Ele emprega uma imagem engraçada para ilustrar o ponto. Uma pessoa está sofrendo por causa de um cisco no olho, quando vem a outra oferecendo tirá-lo. Só que a outra, o juiz hipócrita, tem uma viga no olho dela! Jesus disse que temos que tirar nossas próprias vigas antes de remover os ciscos dos outros. Não devemos condenar os probleminhas dos outros quando praticamos pecados mais graves.

Jesus é bem contundente quando se refere ao "Julgar ao Próximo". diz que seremos medidos pela mesma medida que utilizemos para medir os outros. Ele também nos chama de hipócritas se apontamos o pecado do próximo, quando nós mesmos cometemos o mesmo pecado. Os Fariseus eram mestres nisso.

A princípio isto parece um convite à cumplicidade nos pecados, ou seja, como pecamos, não devemos apontar os pecados dos outros, muito pelo contrário, devemos é aceitá-los. Vale frisar que esta é uma interpretação errada. O que Jesus nos convida é para que primeiro nos livremos dos nossos pecados, para só então ajudar ao próximo com os seus.

 

2) Não é nosso direito julgar, mas Lavar os pés Uns dos outros.

Jesus é bem claro: Não julguem! (não é passível de interpretação). Essa é a tarefa mais difícil de cada seguidor de Cristo. Pois precisamos nos examinar, vigiar e precaver de tudo que não é correto perante Deus. O julgar é uma atitude sem amor. Porque ocorre pelas costas do próximo.

O motivo desse julgamento à auto afirmação do próprio 'eu'. "Se fosse eu, nunca tomaria essa atitude." "Você ouviu o que ele disse? Você viu o que ele fez? Eu nunca agiria dessa forma."

"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam." Is 64.6

O nosso modelo de comparação não é nosso irmão, mas Jesus. Se formos comparar nossas atitudes, devemos compará-la com as de Jesus, ele é nosso modelo de vida. Não somos modelos para ninguém e ninguém é modelo para nós.

O julgamento serve para rebaixar o irmão. Julgamos porque não concordamos com a atitude do irmão. Isso é um erro clássico porque pensamos que o outro irmão só terá uma "atitude de fé correta" quando puder evidenciar os mesmos sinais de conversão, novo nascimento, exatamente as mesmas experiências de fé como a nossa.

Essa atitude nos torna inspetores de Cristo. Fiscalizamos o movimento do outro. Controlamos sua falta. Julgamos e condenamos. Foi isso que Jesus ordenou aos seus discípulos?

Amem uns aos outros assim como eu vos amei. Aquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra. Pai perdoa porque não sabem o que fazem.

A nossa atitude não deve ser de julgamento, de controlador, nem juiz do próximo, mas de Lavar os pés do próximo Jesus disse "Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros."  João 13:14

Assim, lavar os pés é desvestir-se do status, daquilo que nos torna desiguais. É retirar os disfarces e vestir-se de transparência. É deixar a comparação, a inveja e a competição, abandonar diferenças e dar as mãos. É abaixar-se seguindo a humildade, sem falsidade ou hipocrisia, mas numa atitude interior que brota para fora. É ver a presença de Cristo no companheiro de jornada. O mais descobriremos no dia-a-dia.

Enfim meus irmãos se quiserem ingressar no Reino, todavia, teremos de abandonar o direito de Julgar "Não Julguem" adverte Jesus, e com isso destrói a pretensão de qualquer pessoa que procure exaltar-se acima de outros no Reino. Em vez disso Jesus nos ensina que devemos ser humildes e servos, não mais juízes, mas suplicantes, pois quando nos inclinamos diante de Deus, inclinamo-nos também diante de nossos irmãos, comprometendo-nos a não julgá-los, mas servi-los.

Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Gálatas 5:13


 

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